As últimas 48 horas da janela doméstica prometem ser agitadas para o Botafogo. O clube tem o desejo de contratar um zagueiro e um meia, mas o cenário não é dos melhores: não há dinheiro em caixa disponível para investimento neste momento. O período para contratações fecha nesta sexta-feira 11/04.
Após se comprometer a gastar cerca de R$ 500 milhões - valor este diluído para os próximos anos -com reforços do começo do ano, a ordem é para segurar os cofres. O formato da janela também indica um Alvinegro menos "ostentador", já que a avaliação interna da diretoria é de que a janela de meio do ano, com possibilidades de trazer atletas que atuam no exterior, é mais vantajosa e, aí sim, precisa ser alvos de cifras significativas.
Portanto, a preferência do Botafogo neste momento é por acordos de empréstimo - de preferência com liberação gratuita. Este formato tem sido discutido no momento de análise do status atual de cada jogador mapeado dentro dos respectivos elencos.
De qualquer forma, há a avaliação de que o elenco precisa de um zagueiro para repor a ausência de Bastos no curto prazo e de um meia reserva para Savarino. O angolano teve uma lesão no joelho esquerdo, sofrida ainda no Carioca, e que foi agravada - o retorno, que indicava ser nas rodadas iniciais do Brasileirão, foi postergado.
— O Bastos vinha em um processo de recuperação. Logo antes do início do Campeonato Brasileiro fizemos exames e detectamos que ele não está em uma fase avançada para jogar, e aí a gente passa a procurar opções de mercado, mas todas essas são para suprir uma carência curta. Estamos avaliando se é um movimento para se fazer agora ou mais para frente - afirmou Léo Coelho, diretor de futebol do Botafogo, em entrevista na CBF.
Busca por zagueiro
Abner e Gustavo Martins eram dois dos alvos, como o ge adiantou na última terça-feira. O primeiro é um dos destaques do Juventude na temporada. Após uma sondagem inicial, o Botafogo ouviu que o Juventude se desfaria do zagueiro apenas pelo pagamento da multa rescisória, avaliada em cerca de R$ 20 milhões.
Gustavo Martins foi oferecido ao Alvinegro por meio de intermediários. O nome até interessava, mas este movimento feito por terceiros afastou a possibilidade de um acordo. A relação do clube carioca com o Grêmio é positiva e qualquer tipo de conversa pelo atleta só ocorreria se fosse feita de forma direta.
Meia Ofensivo: ainda mais difícil
Após a chegada de Renato Paiva e antes do problema de Bastos, o alvo dos últimos dias de janela doméstica era, exclusivamente, a contratação de um novo meia. A diretoria chegou à conclusão de que seria necessário incorporar um novo jogador da posição ao elenco - o volante Patrick de Paula, destaque nessa retomada alvinegra, chegou a ser improvisado na função, e Santiago Rodríguez ainda carece de adaptação ao futebol brasileiro.
O clube até tentou investir no meia Cauly, do Bahia, mas esbarrou em negativa de proposta. Com a temporada começando, a avaliação foi de que seria difícil chegar a um nome que atendesse às necessidades e que estivesse dentro do padrão financeiro estabelecido. Por isso, a busca esfriou e a prioridade passou a ser um defensor. Mas, por mais que seja difícil, ainda não é totalmente descartada.
— Possibilidade sempre tem (de chegar atleta no fim da janela), é só ver a janela do ano passado, quando o Alex (Telles) chegou no último dia. Aí é muito de acordo com possibilidades de mercado e as conversas com os clubes.