O Primeiro técnico do Botafogo na era SAF, entre 25/03/2022 a 30/06/2023, e que esteve no Al-Nassr de Cristiano Ronaldo até setembro de 2024, o português Luís Castro é o convidado da semana no "Toca e Passa", videocast de O GLOBO. O novo episódio foi ao ar na íntegra às 11h desta quinta-feira, nas plataformas de áudio e no Youtube.
Assista abaixo:
Durante a conversa, que teve pouco mais de uma hora de duração, Luís Castro não fugiu das perguntas e, entre diversos assuntos abordados, falou sobre sua trajetória no Botafogo e a relação com John Textor, dono da SAF alvinegra, que perdura até os dias de hoje. O português se defendeu das críticas em relação à maneira como conduziu a saída do clube para trabalhar na Arábia Saudita:
— É muito interessante (a forma como é criticado), porque eu saí do Botafogo da mesma forma que saí do Al-Duhail (do Catar) para o Botafogo. Exatamente da mesma forma (risos). Respeitando todas as linhas do contrato que eu e a administração assinamos de livre vontade.
Embora seja alvo de críticas de parte da torcida alvinegra até hoje, Luís Castro mantém boa relação com Textor. O empresário americano chegou a consultar o português sobre o técnico Paulo Fonseca, ex-Milan e que posteriormente viria a ser contratado pelo Lyon, clube da Eagle Holding, empresa de Textor.
Sem se aprofundar no que ambos têm conversado desde sua saída do Botafogo, Castro demonstrou bom humor ao falar do que o liga ao empresário.
— É ótima minha relação com Textor. Sempre foi. Nunca foi diferente. Até mesmo no acordo de saída, assim como no acordo para chegar. É sempre como deve ser o futebol: à luz daquilo que acertamos no contrato quando iniciamos o caminho. Ele é uma pessoa com que tenho relação, sim — disse, antes de brincar: — As pessoas que amam futebol gostam de falar sobre ele e tudo que há nele. Se você me ligar, não vamos falar de economia, vamos falar de futebol (risos). Não vamos falar de cirurgia etc. O que nos liga, além da amizade, é o futebol. Mas também dá para falar sobre samba, que é ótimo (risos).
Sempre lembrado no movimentado mercado de treinadores brasileiros, Luís Castro chegou a ter seu nome cogitado por torcedores do Botafogo após a saída de Artur Jorge, no início do ano. Questionado sobre se retornaria ao alvinegro no futuro, Castro respondeu:
— Não sei o que vai acontecer na vida. Neste momento, o Botafogo está com o Renato Paiva e muito bem. É como você disse: há uma parte que me ama e outra que odeia, e não quero ser divisor entre o clube. Não posso ser o polo instabilizador. Acho que fica essa resposta.