Jorge Abreu e John Textor em meados de 2022 no CT Lonier - Foto Reprodução Vítor Silva/BFR
O 2025 do Botafogo até aqui tem sido de turbulências e mais uma aconteceu recentemente e não foi divulgada por outras mídias independentes...
O Botafogo e a SAF que administra o futebol do Alvinegro, liderada por John Textor, terão que honrar uma dívida milionária gerada pelo processo de transformação em clube-empresa. Informou Ancelmo Gois de ¨O GLOBO¨.
Jorge Braga, ex-CEO do Glorioso, tem direito a receber R$ 18.949.019,39 pelos serviços prestados ao clube entre 2021 e 2022, após um acordo extrajudicial em processo trabalhista que tramitava em segredo de justiça.
O acordo, que contou com a assinatura de Textor, vinha sendo negociado desde 7 de outubro de 2024. Nele, o Botafogo reconhece a pendência trabalhista com o ex-executivo. Braga, por sua vez, concedeu um "desconto" de 30% sobre o valor a ser pago (a dívida original era de R$ 27.070.027,70).
Entre os prêmios e bonificações a que o ex-CEO tinha direito, estão R$ 12 milhões como "bônus" pela transformação do Botafogo em clube-empresa. Desse valor, "apenas" R$ 2 milhões foram pagos.
Também foram reconhecidas dívidas referentes ao 13º salário (R$ 120 mil), férias (R$ 168 mil) e FGTS (R$ 139 mil). Braga chegou ao Alvinegro em 2021, durante a disputa da Série B, auxiliando no processo de transformação em clube-empresa.
Ao demitir seu CEO, em setembro de 2022, Textor alegou que o ex-funcionário havia quebrado "obrigações e deveres profissionais". Braga, por sua vez, processou o Botafogo, nas esferas cível e trabalhistas, alegando ter sido vítima de um calote de "proporções bíblicas".
Na última quarta-feira 19/02, os advogados do ex-CEO solicitaram a inclusão do executivo na lista de pagamentos prioritários do Regime Centralizado de Pagamentos, na Justiça do Trabalho.