Dono da SAF do Botafogo e proprietário do Olympique Lyonnais, o Lyon, John Textor não mediu palavras contra o presidente da Liga de Futebol Profissional da França (LPF).
Em entrevista ao programa Rothen s'enflamme da TV francesa RMC Sport, o empresário norte-americano, Textor chamou Vincent Lebruine de ''cachorrinho'' perto de Nasser Al-Khelaifi, dono do PSG.
''Fiquei completamente chocado porque conversamos sobre direitos televisivos, e o presidente da Liga, que deveria liderar os debates, não disse quase nada. Foi Nasser quem tomou a frente, embora nem devesse estar presente, como chefe de um canal de televisão diretamente envolvido (BeIn Sports)'', começou por dizer.
''Se houvesse uma voz discordante, Nasser Al-Khelaïfi ‘latia’ para essa pessoa. Houve muita intimidação também. O presidente da Liga sentou-se, sem dizer nada parecido com um ‘cachorrinho’'', completou.
Textor afirmou ainda que o dono do PSG teve influência na decisão da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP) de proibir o Lyon de contratar.
O clube francês vive grave crise financeira e está impedido de contratar e inscrever jogadores nesta janela de transferências.
''A Liga está loucamente dominada por este homem (Nasser Al-Khelaifi). E eu não sabia disso. A influência do PSG na Liga e até na DNCG é algo que merece ser analisado mais de perto'', disparou Textor.
Além do Lyon e do Botafogo, John Textor é dono doCrystal Palace, da Inglaterra, e do Molenbeek, da Bélgica. Todos pertencem à Eagle Football Holdings, empresa multi-clubes do empresário.
"Estou ansioso para uma conversa respeitosa"
De acordo com nossos colegas do jornal L'Equipe, este último teria sido rápido em entrar em contato com o presidente-proprietário do OL durante o dia, nesta segunda-feira 13/01. Os dois homens nunca se falaram desde a compra do clube pelo empresário norte-americano. Confrontado com a dureza de suas palavras, Textor teria admitido um erro na forma, lamentando o tom usado nessa explosão verbal.
"Eu não deveria ter usado esses termos", admitiu o presidente do OL aos nossos colegas do jornal L'Equipe.
"Estou ansioso para uma conversa respeitosa sobre essas questões que nos preocupam", disse ele. Se Vincent Lebruine deu como certo, foi o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfi, o alvo das farpas de John Textor, que não se considera um adversário.
"Eu quero ser claro. Nasser Al-Khelaifi diz a todos que ajuda o futebol francês. Mas ele é um pouco como o garoto bonito da escola, com as melhores roupas e o carro mais bonito", zombou o presidente do Olympique Lyonnais. É verdade que ele é um pouco do centro do mundo no futebol francês e está realmente convencido de que está ajudando a todos comprando nossos jogadores. Lembro que ele falou sobre um bônus pelo tempo de jogo de Barcola e disse que me ajudou. Mas não, é uma negociação, uma ajuda mútua. Ele fornece dinheiro e nós, jogadores, estamos em pé de igualdade. Ele tem essa ideia de que tem o clube mais rico do país e que as migalhas que deixa cair são uma ajuda para o futebol francês. É totalmente louco pensar isso."
Na noite de segunda-feira 13/01, o PSG respondeu de forma contundente: "É uma pena que classe e elegância não possam ser compradas porque isso teria impedido o Sr. Textor de fazer papel de bobo por meio de seus excessos grosseiros e mentirosos contra nosso presidente, nossa instituição e nossos torcedores", disse o PSG em um comunicado de um porta-voz da RMC Sport. "Que ele volte à terra, e à França também, para entender melhor esta Ligue 1 que tanto amamos."
Acrescentou no começo da tarde hoje na França, a RMC SPORT.