Quando tudo parecia ter ficado mais difícil, após empates contra Cuiabá, Vitória e Atlético-MG, foi que o Botafogo ganhou força e arrancou para os títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, vencendo Palmeiras, Atlético-MG, Internacional e São Paulo. Foi o que destacou o lateral-esquerdo Marçal, em entrevista ao SporTV neste domingo, no Estádio Nilton Santos.
– Difícil explicar o que a gente está vivendo. Realmente, só quem me viu, quem falou isso há 15 dias atrás, eu também não conseguia entender o que era isso. Hoje eu estou vivendo. O Botafogo merece muito. Acho que são dois anos e meio que eu estou no Botafogo, acreditei no projeto. Outros acreditaram logo em seguida. E a gente mostrou ano passado que isso podia acontecer. Batemos na trave, foi doloroso pra caramba. Aqueles que estavam aqui ano passado estavam carregando esse peso. E agora é um misto de emoções, né? Com esses títulos, lembrando tudo que a gente passou. Então é bom demais estar aqui agora com a família, ouvindo essa torcida que tanto sofreu, cantando aí atrás. Tenho certeza que eles vão por pelo menos uma semana comemorar isso daqui sem parar. Então é para eles também, que estão há tantos anos aí torcendo. Independentemente de estar na Série B, o Botafogo estava aqui no estádio. Então parabéns para essa torcida maravilhosa também que nunca deixou de apoiar – iniciou Marçal.
Assista abaixo:
"Batemos na trave, foi doloroso pra caramba. Aqueles que estavam aqui ano passado carregavam esse peso"
— ge (@geglobo) December 8, 2024
Marçal falou sobre o 2023 do Botafogo e o título de 2024. Jogador valorizou a torcida do time carioca pic.twitter.com/UQhmR3srm1
"A gente mostrou quem é Botafogo nesses dez dias. Você olha para um vestiário que não baixou a cabeça, você via confiança no trabalho"
— ge (@geglobo) December 8, 2024
Marçal comentou o momento que, para ele, o Botafogo 'mostrou ser o Botafogo'. Jogador valorizou a vitória contra o Palmeiras pic.twitter.com/9EVq75iAym
– Eu costumo dizer agora que a gente mostrou quem é Botafogo não no Monumental. Não no jogo de hoje, mas nesses dez dias. Quando a gente perde a liderança, você olha para um vestiário que não baixou a cabeça. Você vê a serenidade, você vê a confiança no trabalho, no processo. Bastos costuma dizer, calma, confia no processo. E até de maneira que a gente dá muita risada com isso. Ele fala com isso com muita calma. E a gente confiou no processo, deu as mãos e mostrou lá em São Paulo. Jogo difícil, a gente sabia que o Palmeiras independentemente de tudo, parabéns para eles também, porque há três anos estão fazendo o que eles estão fazendo. Quatro anos. Não é fácil. E a gente conseguiu. No Allianz, conseguimos ganhar o jogo de maneira, digo eu, de cabeça erguida mesmo. Jogamos de peito aberto, vamos para o jogo, conseguimos ganhar o jogo, merecemos. Fomos no final de semana, ganhamos o Libertadores com um a menos, cara. No primeiro minuto. Falei, cara, eu sabia que qualquer jogador que saísse, eu sabia que o Gregore ia correr mais do que ele corre. O cara não para. Mas quando ele sai para correr com um jogador a menos, perdendo o Gregore, o time correu, cara. O Barboza falou uma coisa muito interessante, que era o Almada trombando com o Hulk lá na lateral defensiva. Isso mostra quem é o Botafogo – acrescentou Marçal.
– A gente foi jogar contra o Internacional, líder do returno, jogando um futebol muito bonito. E a gente conseguiu. Sofremos. Dá para perceber. Dá para ver que no final a gente já estava, tinha uns… Porque ali realmente jogar com o Inter inteiro já não é normal. As emoções desgastam muito também, né? Então, a gente ali estava desgastado físico também e emocional. Porque você viu que a gente estava tentando já no final segurar de todas as maneiras. Mas eu acredito que ali também foi um passo importantíssimo. O time sofreu, sofreu. E, pô, hoje a gente está levantando esse caneco por causa desses dez dias. Acho que foram dez dias maravilhosos – destacou.
Assista abaixo:
— Gazeta Botafogo ⭐📰 (@agazetabotafogo) December 9, 2024
O lateral valorizou a importância de Artur Jorge no Botafogo.
– Cara, aí eu dou crédito para o Mister. O Rafael me falou que ele é embaçado para falar. Eu acho que na preleção ele conseguiu deixar o time leve. Tirou toda essa responsabilidade, que era muita responsabilidade hoje. O pessoal fala que é gostoso, mas é pesado. Eu acho que todo mundo deveria, seja em qual profissão que for, tentar passar por isso, né? Um momento de pressão. A sensação de trabalho realizado, bem feito, é inexplicável. Então, o homem tem muito crédito por ter deixado a gente leve. E agora, graças a Deus, com a vitória, ficamos mais leve ainda, é só comemorar – concluiu.