Gregore diz que ¨lavou a alma¨ com gol do título do Tricampeonato Brasileiro do Botafogo, 8 dias depois da expulsão na Final da Libertadores 2024; e projeta Botafogo no Super Mundial, ¨pegamos pedreira, mas eles também!¨



De uma expulsão com 30 segundos na final da Libertadores e o gol do título no Campeonato Brasileiro 8 dias depois, Gregore passou por fortes emoções na reta final da temporada 2024. O volante deu entrevista ao canal do jornalista André Hernan e contou detalhes de como foi sua experiência.


Assista abaixo:


– Passa (um filme), não tem jeito. E foram 90 minutos de oração também. Orando ali para os meus companheiros para a gente ganhar o título, porque é um clube que merece muito, um time que trabalhou muito por esse momento. E acontecer aquilo em 30 segundos você fica se questionando muito, passa muita coisa na sua cabeça, porque, imagina, você trabalha a vida toda por um momento daquele e acontece aquilo ali. Passam várias coisas, mas foi uma mistura de sentimentos. Foi da tristeza e alegria em 90 minutos. Depois, quando se sagrou campeão também, não pude conter a alegria de poder me sagrar campeão da América. Então, acho que foi uma realização de um sonho ali com um pouquinho de emoção – disse Gregore, que pouco viu final contra o Atlético-MG.

– Porque o protocolo da Conmebol é você ir para o antidoping, porque não saiu o sorteio. Então, eu fiquei até os 70 minutos esperando o sorteio dentro do doping. Eu fiquei sabendo depois do primeiro gol, porque saiu o primeiro gol e eu estava debaixo da torcida do Atlético. Foi muito do outro lado. E eu não sabia de quem era o gol. Porque eu estava vendo na televisão e passava muito replay. Aí, eu perguntava o rapaz lá do gol, ele falou “não, não posso falar, não posso falar”. E ele foi falar depois, já tinha dois minutos. O terceiro gol eu já estava assistindo da escada ali, que foi no último minuto. Já estava no cronômetro. No terceiro gol, já estava na escadinha ali, o segurança “não, não vai entrar, não vai entrar”. Eu falei “vou entrar, tá louco” – brincou.

Já no jogo com o São Paulo, Gregore fez o gol da vitória do Botafogo por 2 a 1.

– Hoje no futebol brasileiro a gente não tem jogo fácil. Falaram que eles iam entregar o jogo, me fala um atleta que entra dentro de campo pra entregar o jogo. Não existe isso. Esse ano, o Mister (Artur Jorge) também soube blindar bastante a gente. Então, a gente tava muito focado nos objetivos que a gente queria. E, graças a Deus, deu certo, né? Eu costumo dizer que tem vários gols do título. Mas o último ali que deu a vitória do título foi aquele gol ali. E lavei a alma, né? – declarou.

– O jogo mais difícil para mim foi o do Internacional. Porque eu fui expulso, a gente campeão, mas você fica com aquele sentimento, vou entrar em campo de novo e tal. Indecisão acho que não é a palavra, mas você fica com aquilo na cabeça. O psicólogo do clube, a gente fez um trabalho muito forte ali também nessa semana, foi importante para mim para poder entrar em campo mais tranquilo. E no gol, enquanto eu já roubei aquela bola ali no gol do São Paulo, já passou outro filme, do final feliz – acrescentou.

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Parte psicológica

– Eu costumo dizer que o atleta é um ser humano igual a todo mundo. Independentemente da vida que ele leva ou não, ele é ser humano igual. Ele vai ter suas dúvidas, seus medos, seus pensamentos iguais, mas esse trabalho que a gente fez durante essa semana após a Libertadores foi de controlar, tentar controlar esses pensamentos. Porque acontece uma coisa que não foi uma expulsão de irresponsabilidade minha, que eu queria prejudicar o clube, mas acaba acontecendo ali e passa na sua cabeça, você vai deitar no travesseiro, passa aquele filme, e você tentar controlar esse sentimento, acho que é a chave. Para você já em uma semana ou até em três dias estar podendo trabalhar de novo. Acho que o ser humano é igual, todo mundo tem problema familiar, tem seus problemas e tem que trabalhar igual. Tem que render igual. O mais importante para mim também foi o apoio da minha família, que ficou do meu lado, os torcedores também do Botafogo, que, lógico, foi campeão, né? Se não fosse… Mas saiu campeão, o Lê, meu empresário, estava lá, e ele falou “pô, você me matou de susto, já estava vendo aqui onde a gente ia ter que te negociar”. Mas graças a Deus a gente foi campeão e ter esse apoio da minha família, das pessoas que viram o meu esforço até chegar naquele momento ali e dos torcedores, foi muito importante para mim para a sequência.

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– Pegamos uma pedreira, né? É, pegamos uma pedreira, mas eles vão pegar uma pedreira aqui também. Todo atleta quer passar por esse momento. A gente teve a oportunidade de jogar Libertadores, sair campeão da Libertadores, Brasileiro. É agora ter experiência, jogar contra times da Europa, grandes times da Europa, acho que todo atleta quer passar por isso. Então, agora é passar as férias, descansar, voltar, se preparar bem pra encarar essas férias aí.

– A gente tem que ter um pouquinho de calma. Acho que a gente tem que preparar bem esses tipos de jogos, né. A gente não tem que temer ninguém. A gente é o atual campeão da América, a gente não tem que temer ninguém, mas a gente tem que ter um pouquinho de tranquilidade também, preparar bem, fazer o planejamento da forma que tem que ser. Antes do Mundial, tem bastantes jogos também pelo Brasileiro, pelo Estadual. Pensar passo a passo pra preparar bem pra chegar lá e fazer um bom papel.

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