Atlético-MG e Botafogo decidem o título da CONMEBOL Libertadores neste sábado (30), às 17h (de Brasília), no Estádio Monumental, em Buenos Aires. A partida, que terá transmissão ao vivo de Espn, TV Globo, Paramount + no Brasil, valendo o segundo título da competição ao Galo ou o inédito troféu ao Fogão.
No histórico do confronto, o Botafogo se sai melhor. São 36 vitórias do time do Rio de Janeiro contra 27 dos mineiros, além de 21 empates. Um desses, por sinal, ficou marcado para sempre, pois teve que ser decidido no cara ou coroa.
Tudo aconteceu na Taça Brasil de 1967, torneio anterior ao chamado Campeonato Brasileiro criado em 1971, mas cujos vencedores foram reconhecidos pela CBF como campeões nacionais. Naquela edição, Atlético-MG e Botafogo se enfrentaram na final da chamada "Zona Centro-Sul", em duelo que valia uma vaga nas quartas de final.
O primeiro jogo foi no Maracanã, e o Botafogo saiu com a vitória. Roberto Miranda, Rogério e Paulo César Caju marcaram os gols da vitória por 3 a 2 contra o Galo, que descontou com Canindé e Décio Teixeira.
Precisando da vitória para garantir o jogo de desempate, o Atlético-MG foi com tudo para cima do time de Zagallo no Mineirão e venceu por 1 a 0, gol de Ronaldo Drummond, de pênalti.
No terceiro e último jogo, também no Mineirão, o empate sem gols no tempo regulamentar obrigou a prorrogação. Ronaldo Drummond abriu o placar nos primeiros minutos, mas Gerson, o "Canhotinha de Ouro", empatou ao converter um pênalti nos momentos finais do jogo.
O regulamento da Taça Brasil daquele ano dizia que, em caso de empate até na prorrogação, o classificado seria decidido no cara ou coroa. E assim foi feito.
O árbitro da partida, Arnaldo Cezar Coelho, reuniu os times no meio-campo e jogou a moeda da sorte. O Atlético-MG foi "abençoado" e garantiu vaga na próxima fase, algo bastante festejado pelos jogadores da época, enquanto o Botafogo deu adeus à disputa.
A campanha atleticana nem iria tão longe, já que, nas quartas de final, não conseguiu passar pelo Náutico.
Agora na final da Libertadores, Atlético-MG e Botafogo não precisarão contar com a sorte de um cara ou coroa para decidir o grande campeão. Pelo regulamento da Conmebol, empate no tempo normal e na prorrogação leva a decisão para os pênaltis.
Atlético 1 x 1 Botafogo na Taça Brasil de 1967
ATLÉTICO: Hélio; Canindé, Vânder, Grapete e Décio Teixeira; Vanderlei Paiva e Bibi; Buião, Ronaldo, Lacy e Tião – Tec: Fleitas Solich.
BOTAFOGO: Manga; Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Ferreti, Afonsinho (Lula) e Paulo César – Tec: Zagalo.
Data: 15 de novembro de 1967.
Local: Belo Horizonte, MG.
Estádio: Mineirão.
Público: 71.997 pagantes – Renda: NCr$ 216.409,00.
Competição: Taça do Brasil.
Árbitro: Armando Marques, RJ.
Gols: Ronaldo (3′ – 2º tempo da prorrogação) e Gérson (13′ – 2º tempo da prorrogação).