A final da Libertadores 2024 de sábado será o jogo mais importante da carreira de Artur Jorge. Nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, após o reconhecimento do gramado do Monumental de Núñez, palco da decisão contra o Atlético-MG, o treinador citou a responsabilidade de buscar o título inédito para o clube.
- Arrisco dizer que é o jogo mais importante da minha carreira. Não tenho dúvidas sobre isso. Me traz também a responsabilidade e a satisfação de podermos aproveitar o momento. Não quer dizer que não sabemos da responsabilidade que temos. Carregamos muita gente em cima de nós, temos o sonho de muita gente atrás de nós. Mas a responsabilidade não nos tira o gosto de viver esse momento - afirmou Artur Jorge, para completar:
Assista abaixo:
- Tenho obrigação para com o clube de demonstrar o quão grato que estou pela oportunidade de poder assumir e liderar esse projeto. Tão grato que estou por ter essa torcida do meu lado. Tenho uma determinação e um desejo muito grande de poder fazer parte dessa história. Carregada de ambição e esperança. Para que possamos chegar a um grande título. E nesse sentido teremos muita vontade. Tudo daremos, tudo faremos, olhando para dentro, naquilo que está ao nosso alcance, para chegar onde queremos.
Na manhã desta sexta-feira, o Botafogo fez seu último treino no CT do Tigre antes da decisão. Bastos não participou da atividade, por conta de uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda no início do duelo contra o Palmeiras na última semana. O defensor ficou no vestiário do CT e dificilmente terá condições de jogo.
- Sobre não ter o Bastos, temos uma competitividade interna tremenda. Para mim, o mais difícil é escolher os 11. Peço sempre para os meus jogadores que não desanimem. Que não levem as decisões para o lado pessoal. Porque aquilo que é o mais difícil para o treinador é escolher quem vai iniciar. Temos em cada uma das posições jogadores que podem jogar e dar o mesmo rendimento. É uma equipe extremamente competitiva. Vocês não assistem nossos treinos e não sabem a competitividade que temos internamente. Para mim, técnico, é uma grande satisfação poder escolher entre dois bons. É sempre mais fácil - contou o treinador.
O elenco alvinegro também teve a oportunidade de fazer um reconhecimento do gramado do Monumental de Núñez. De acordo com a Conmebol, 70 mil ingressos já foram vendidos para a decisão.
Capitão do Botafogo, Marlon Freitas também esteve presente na coletiva de imprensa. O volante é o atleta do elenco com mais jogos na atual campanha da Libertadores, ao lado de Tchê Tchê, com 15 partidas. O atleta ressaltou a qualidade de ambas as equipes para chegar à decisão e exaltou a atmosfera de sua primeira experiência em uma final continental.
- É uma final de Libertadores, né? Acredito que as duas equipes chegam iguais, vai ser uma decisão muito difícil. Ambas as equipes mereceram estar nesta final. São duas equipes qualificadas. Mas a gente está bem preparado para isso, fazer uma grande final e conquistar o nosso sonho - disse Marlon.
- A atmosfera será incrível. Minha primeira experiência vivendo uma final de Libertadores, minha primeira Libertadores também. Vai ser um jogo muito bom, a gente precisa desfrutar deste momento. É um momento único para o clube. Duas equipes buscando vencer a partida - completou Marlon Freitas.
Botafogo e Atlético-MG se enfrentam neste sábado, às 17h (horário de Brasília), no Monumental de Núñez, pela final da Libertadores. Essa é a primeira vez que o clube carioca chega à decisão da competição.
Outros pontos da coletiva:
Expectativa para a final
Artur Jorge: Repetir aquilo que é o percurso e o caminho que ambas as equipes fizeram, o mérito de chegar a uma final, deixando para trás muito rivais com a mesma ambição de chegar a esta final e vencer. Naturalmente, temos o sonho e a ambição de ser melhor que o adversário amanhã para podermos vencer. Viemos com esta determinação. Disputar esta final, mas com o intuito claro de ganhar para podermos fazer história com este Botafogo, que tem sido tão consistente este ano e com uma campanha que merece títulos no final da temporada.
Conselho de Jorge Jesus e Abel Ferreira
Artur Jorge: Não. Aquilo que posso pegar é reduzido aquilo que é o resultado final. Quero repetir o que conseguiram fazer. Acompanhei de Portugal. Cabe a mim liderar o clube, a equipe e um grupo de homens carregado por essa ambição. Vamos lutar por esse troféu como se não houvesse amanhã.
Competitividade interna e importância do elenco
Artur Jorge: É importante perceber que a importância dentro do elenco não se mede só pelo tempo que joga. Temos jogadores que atuam pouco e tem uma importância enormíssima. Seja por aquilo que representam, seja por aquilo que castigam o colega de trabalho que está jogando. Mas também pela forma que sabem e tem espírito coletivo. Nunca o ego superou o que é o espírito da equipe. Por isso estamos na final hoje e com o Brasileirão a disputar. Essa competitividade resulta em uma equipe que tem uma fome tremenda, é insaciável em chegar aos objetivos, que sempre são os títulos.
Último encontro
Artur Jorge: Estamos diante de um jogo que todo o contexto faz a diferença. Tivemos a oportunidade de disputar outras finais, mas sabemos que o contexto é diferente. O que é favoritismo se reduz. O resultado final pode ser decidido por um detalhe. Que pode ser ambição de cada uma das equipes. O contexto será muito diferente do rsto do campeonato, porque tudo se decide amanhã. Vamos fazer de tudo para que amanhã o nome falado seja Botafogo.
O propósito pessoal com a final da Libertadores
Marlon Freitas: O propósito é algo individual nessa caminhada que você citou no gramado. A gente pensa muita coisa, tudo que tive que passar para chegar aqui. Como eu falei, minha primeira Libertadores, chegar em uma final. É o único que vem da pré a decidir. Muitas coisas envolvidas, minha família, citei meu pai. Esse sonho. Estou muito feliz de estar aqui. A gente precisa desfrutar, estar com alegria. Foi nossa união que nos trouxe até aqui. A gente vai desfrutar até o último minuto desse jogo. Vou desfrutar desse momento. Passou muita coisa na minha cabeça. Estou muito feliz. Vamos fazer o nosso melhor para conquistar o nosso sonho.
Recado para o torcedor do Botafogo
Artur Jorge: É difícil encontrar o equilíbrio para conter as expectativas da nossa torcida. E aquilo que ´o equilivbrio para encarar o jogo com o grau de dificuldade que tem. Se for falar diretamente para a torcida, diria confiem e acrediutem. Sabvemos que temos pela frente um adversário dificílimo e teremos uma tarefa árdua para vencer e ultrapassar esse rival. Mas significa que eu confio nos meus jogadores que vão lutar aaté a última gota de suor. Como esse time nunca falhou comigo e com os botafoguenses, não falhará amanhã. Vai lutar com todas as forças para vencer esse rival e conquistar troféu tão sonhado.
O que muda em uma final?
Artur Jorge: Não sai da esfera do treinador. Pelo contrário. Aquilo que foram os ajustes pontuais precisamos fazer na altura certa, tem que ter e ter o aval de quem está liderando o processo. E quem está liderando sou eu, para o bem e para o mal. É importante perceber que aquilo que fizemos enquanto ajuste e a capacidade que tivemos como clube para buscar jogadores foram feito de forma a conseguir aquilo que era o investimento, a condição técnica e a vontade dos jogadores.
Torcedores do Botafogo em Buenos Aires
Artur Jorge: A verdade é que nós temos uma torcida extraordinária na temporada. Tem sido de um apoio e paciência, em alguns momentos, nervosismo em outros. Mas foram sempre presentes, seja no rio ou fora, temos sentido uma grande massa a nossa volta. Isso traz energia e sinto muita motivação de poder agradar aqueles que fazem muitos sacrifícios para estar conosco. Hoje chegou gente de Portugal aqui. São estes gestos que nos marcam. Sei que o momento tem um impacto gigante na vida de cada um de nós. Isso serve para recarregar uma energia que muito me apoio.
Temporada do Botafogo
Artur Jorge: Não sabemos o que o destino nos reserva, sabemos o que podemos fazer para chegar ao destino. Não tenho dúvidas que o que fizemos não pode nunca ficar no meio do caminho. Nessa altura que estamos tão perto do fim com as coisas tanto na nossa mão, não podemos mudar nosso comportamento. Sabemos que o desgaste é longo, mas também sabemos que a equipe tem sido capaz de suportar. Foi capaz de ser muito consistente,e ter uma ideia própria de jogar, como se comportou frente a qualquer um adversário. É u mérito dos jogadores, a forma como se dispuseram a enfrentar qualquer adversário. Temos que ter a capacidade, faltando três jogos, manter a mesma atidudade. Com o estímulo maior de que esses três jgoso podem trazer dosi títulos enormes. Se o cansaço pode existir, que a motivação seja ainda maior. Esperamos que possa ser um momento de consagração.
Mundial de Clubes
Artur Jorge: Estamos falando de uma competição de elite. Queremos vencer o troféu, que é o ponto principal. Não jogamos para estar no mundial. Nosso objetivo principal é acrescentar valor à história. Mas é uma consequência, não só poder competir no catar no final do ano, mas também depois no mundial. Estamos falando da evolução do Botafogo, que passa por dificuldades e consegue renascer das cinzas para poder competir ao mais alto nível. É uma oportunidade e mais um estímulo de sabermos que depois estaremos na elite do futebol mundial competindo com os melhores do mundo.
Caminhada do Botafogo
Artur Jorge: Eu vim só na parte boa. Fugi dos playoffs e vim só na parte dos grupos. Deixei essa responsabilidade para os outros e depois vim aproveitar a parte boa. A verdade é que nem essa estava boa no início (risos). Quem chega e tem duas derrotas, quando há seis jogos para fazer, fica difícil. Foi preciso muita inspiração, fé e acreditar naquilo que tem na minha frente. De forma inequívoca depois de perder um jogo em Quito eu disse "nós temos ainda mais quatro jogos e a possibilidade de fazer 12 pontos. Vamos classificar. Acreditem no que temos que fazer e verão que auilo que eu digo vai acontecer". Nós classificamos faltando uma rodada quando garantimos a vaga. Em três jogos resolvemos nossa situação na fase de grupos. Depois, querendo ou não, temos uma trajetporia nessa competição que tem muita histópria. Jogamos contra três enormes rivais que se hoje tivessem aqui não seria surpresa para ninguém. Jogamos contra todas as probabilidades. Fomos sempre o underdoga para faze ro nosso melhor. Fizemo-lo sendo, na m,inha opiniçao, superior aos adversários. Tivemos jogos que tivemos momentos menos bons, normal, mas conseguimos ser melhores que Palmeiras, São Paulo e Peñaorl. É uma trajetória carregada de história. Para muitos vão dizer que é marcante chegar ao final, mas é pouco para o que queremos. O que fica na história é o nome dos vencedores. Não há história sem coragem e é isso que teremos que ter amanhã.