Alex Telles diz que ter vindo pro Botafogo ¨Foi a melhor escolhe que poderia ter feito¨, e ainda tocou Guitarra na Botafogo TV

    
Alex Telles toca Guitarra em entrevista na Botafogo TV - Foto Reprodução 


“A melhor escolha que eu poderia ter feito”. Foi assim que Alex Telles, lateral de Seleção Brasileira e de Copa do Mundo, com mercado na Europa, definiu seu acerto com o Botafogo. Totalmente adaptado ao clube, ele deu entrevista ao podcast da Botafogo TV e tocou até guitarra.


Alex Telles vibrou com o que vive no Glorioso.


– Estou muito feliz. Já esperava encontrar um clube maravilhoso, pelo que vinham me falando, um grupo muito bom, que me acolheu muito bem e que estava jogando muito. Encontrei muito mais que isso. Dá para ver nas expressões nas fotos e nos jogos. Minha família também se sentindo bem. E o melhor, chegar se adaptando ganhando. Mostra o quanto está dando certo, o quanto estou me sentindo muito bem. Sou muito grato ao professor Artur (Jorge) por ter concordado com minha vinda, ter gostado e dado essa confiança. Então fico muito feliz de poder estar aqui ajudando o clube, totalmente adaptado, totalmente ambicionado. A cada vitória que o Botafogo consegue é uma ambição a mais, todo mundo está muito focado para esse fim de ano – destacou o jogador.


Leia abaixo outras respostas de Alex Teles:


Experiência na Europa


– Para mim, é um orgulho ter uma carreira assim, que eu ainda quero construir muitas coisas, mas o que já passou é um motivo de muito orgulho, obviamente. Quando eu saí do Grêmio para ir para o Galatasaray, fui também com o intuito de jogar Champions League, e naquela época tinha Sneijder, Drogba, Musleta, Felipe Melo. E a torcida é muito fanática. Então, assim, eu fui com o intuito também de poder jogar uma Champions League, poder realizar esse sonho, e eu realmente realizei. E a partir daí, cara, eu sempre fui um cara que busquei degrau por degrau. Sempre miro um objetivo e, se chego lá, simplesmente não quero estar ali, quero sempre evoluir. O meu intuito era chegar no profissional, cheguei no Juventude, depois jogar uma Serie A, joguei no Grêmio. Aí depois eu quis jogar uma Champions League, consegui uma oportunidade para o Galatasaray, e a partir daí eu sempre quis buscar mais. Meu objetivo a partir dali era para me firmar cada vez em um time maior, na Seleção Brasileira, e eu consegui chegar a todos esses meus objetivos. A partir do momento que eu saio do Galatasaray, vou emprestado para a Inter de Milão, também é outro campeonato. Eu, graças a Deus, consegui jogar nas principais ligas do mundo, na Serie A, na La Liga, na Premier League, na Liga de Portugal também.


Premier League


– Eu passei por lá e consegui perceber não só o nível de intensidade, não só o nível técnico, mas também o nível de intensidade é muito alto. E é um nível de exigência que é de um jogo de futebol, lá o nível de erro tem que ser menor, porque, se você errar, a chance de sair um gol é muito maior. Ali eu cresci muito também, aprendi demais. Na Itália, aprendi muito com o Mancini na Inter de Milão. Foi um treinador que me ajudou muito na questão tática, na questão posicional do campo, porque o lateral é uma posição importante dentro do esquema. Então, aprendi muito, cara. Cada país, com a sua cultura, cada time, eu aprendi demais. E aí, isso foi me dando muita experiência, juntando tudo o que eu tenho hoje com esses clubes e com os treinadores que eu trabalhei. E hoje eu consigo ter essa maturidade, essa experiência, para chegar dentro de campo e poder jogar e dar o meu melhor.


Funções do lateral


– Hoje cada vez mais o futebol está mudando para melhor, em questão de intensidade, em questão tática. Está ficando cada vez mais complexo também as posições, enfim, as funções. Antigamente o lateral tinha uma das funções, hoje tem muito mais funções, assim como atacante, volante, zagueiro. Até o goleiro hoje joga muito mais com os pés, então muda muito. E realmente lateral, como eu falei antes, é uma posição importante dentro do esquema tático. Ao mesmo tempo que você tem que, primeiramente, se preocupar em defender, mas hoje os laterais estão muito ofensivos, estão participando de gols. Então é uma posição que realmente dá um desgaste físico, obviamente, mas acho que o melhor de tudo é saber que no fim do jogo você consegue dar uma assistência, fazer um gol e poder ajudar a equipe. Acho que isso é o melhor presente para uma posição de lateral.


Escolha pelo Botafogo e conselhos que recebeu


– Na verdade, eu já estava acompanhando o Botafogo do ano passado, porque o Tiquinho é um grande amigo meu, o Tiquinho Soares. E a gente jogou no Porto por três, quatro anos. Quando ele veio para cá, a gente tem um grupo no WhatsApp ainda do pessoal lá de Portugal, do Porto, que a jogava junto. E a gente sempre acompanha. Quando tem um jogo de um ou de outro, a gente sempre manda mensagem, assiste, torce pelo companheiro. E isso até hoje, sabe? É muito legal. E aí quando ele veio para o Botafogo, a gente começou a acompanhar muito mais. Todo mundo assiste. Os portugueses, os nossos amigos lá assistem, mandam mensagem. Todo mundo escreve, conversa, brinca. E quando um faz gol ou participa de um lance importante, quando tem vídeo no grupo, a gente dá risada, torce pelo amigo. Então o Tiquinho veio para cá e a gente começou a acompanhar mais o Botafogo. E eu, por ser brasileiro também, sempre acompanho o Campeonato Brasileiro. Ano passado foi um campeonato que começou muito bem o Botafogo e o Tiquinho avassalador, e a gente sempre acompanhando. E depois, estafe (de Luís Castro) que estava aqui foi lá para o Al-Nassr. Obviamente que a gente sempre conversa sobre isso. Eles gostavam muito de estar aqui, do Rio, do Brasil, do campeonato. Eu falava o quanto tinha evoluído o clube. E a partir daí, quando teve essa oportunidade de eu vir para cá, eu liguei para o Tiquinho e ele só falou “só vem, que aqui o grupo é maravilhoso, a gente tem muita coisa para conquistar aqui.” E fiz a melhor escolha que eu podia ter feito.


Parceria com Tiquinho


– O Tiquinho é um cara que é um grande amigo meu. A gente se conheceu lá no Porto e ele chegou já também logo avassalador, como foi aqui. Chegou na estreia dele fazendo dois gols contra o Sporting. E eu sempre fui um cara que também gosta de acolher os jogadores que chegam novos, né? Porque é difícil quando chega em um lugar novo. Eu já tinha passado por muitos lugares. Ele chegou tímido, mas depois ele se solta. Ele se soltou e é um cara que todo mundo gosta. É um cara que todo grupo deveria ter, muito alegre. E a partir daí também a gente teve uma conexão muito boa no campo. Eu consegui dar muitos gols para ele em assistência, ele também conseguiu aproveitar sempre as oportunidades que teve lá. Foi o artilheiro quase todos os anos que esteve com a gente. O futebol dá amizades para a gente que a gente leva para a vida inteira. Eu estou cobrando ainda para ele poder pagar um jantar, na verdade eu vim para o Rio para isso (risos). Agora é o momento de sair os gols. É muito importante. Porque a gente sabe o quanto a gente é importante para os projetos dos clubes. O quanto a gente chega e as pessoas apostam no nosso trabalho. Então realmente é de extrema importância a gente estar conectado junto, bem, feliz, treinando. E dar o nosso melhor. Porque agora é um momento muito decisivo.


Seleção Brasileira


– Eu acho que a Seleção é uma consequência, eu sempre fui assim na minha carreira, eu sempre soube que se eu estivesse jogando no meu alto nível, que eu sei que eu posso chegar e eu sinto que estou me sentindo muito bem para isso, eu vim para o Botafogo também com o intuito de cada vez buscar meu alto nível, estar jogando no nível que eu sei que eu posso chegar. Sempre que eu estiver em grandes clubes, em grandes equipes, disputando grandes campeonatos, eu sei que vai ser uma consequência a Seleção Brasileira, então eu respeito muito os processos. Já consegui ser convocado agora que eu voltei e a minha vontade é permanecer, mas eu sei que eu só vou voltar e vou permanecer se eu fizer meu trabalho muito bem feito aqui no Botafogo e essa é a minha maior vontade.


Luiz Henrique e Igor Jesus


– Cara, é muito bom ver os meninos indo para a Seleção, né? Eu digo pra eles que eles não têm a noção, eles têm a noção, mas às vezes, por serem jovens e também estarem indo pelas primeiras vezes, que eles tenham a noção cada vez mais rápida da importância do que é um jogador estar num clube e estar numa Seleção Brasileira. A responsabilidade que eles tão tendo hoje, e também a noção de que eles vão ser responsáveis também pra um próximo ciclo de Copa do Mundo, para uma próxima Copa do Mundo. Eu também penso em estar lá, quero estar lá, vou trabalhar pra isso, mas a gente sabe que esses jovens aí com o talento que têm, têm muito pra desequilibrar. Luiz e Igor agora desequilibraram nessa última data-Fifa, desequilibraram muito, e é muito bom ver eles felizes, né. A gente fica feliz pelos companheiros, eu acho que isso que é bom, né, quando a gente torce pelo companheiro. E eles tão muito felizes. Eu sempre digo pra eles aproveitarem as chances que têm, trabalhar muito no clube, que é muito importante, que é isso que faz eles irem para a Seleção.


Torcida do Botafogo


– Especial demais. E eu sou um cara que sempre acompanho a torcida desde pequeno, gosto muito dessa parte da torcida, desde a época da Juventude, quando eu ia para o estádio, dos batuques, do barulho, das luzes. Sou apaixonado por isso. E tu entrar aqui no estádio, no Nilton Santos Santos, ver a festa da nossa torcida e fora daqui também, faz uma festa muito bonita, é a energia que a gente precisa. Quando a gente entra no estádio e vê o estádio com fogos, com bandeira, com o estádio gritando, para o adversário já é uma pressão, mas para nós é um embalo muito grande, então eu fico muito feliz. Estão cada vez mais bonito os mosaicos, toda vez que passa, a torcida consegue melhorar cada vez mais.


União do elenco


– Está muito boa. Acho que dá pra ver isso no campo, quando você vê que o time está um correndo pelo outro, se um está fora de uma posição, o outro cobre o companheiro, as comemorações todo mundo junto, e, o principal, os resultados. Não são por acaso. Quando uma equipe se fecha, não só na parte tática, técnica, mas também na parte familiar, de estar todo mundo junto, da amizade, do companheirismo, as coisas tendem a dar certo. E acho que está acontecendo isso. Eu falei desde o início que eu vim para ajudar, vim pra somar e todo o grupo me recebeu muito bem. Eu fiquei surpreendido, até para positivo, mais ainda do que eu já esperava. E isso reflete dentro de campo. E eu tenho certeza que esse grupo merece muito, a convivência é maravilhosa.


Estrutura do Botafogo


– Eu não tinha noção do que me esperava, porque não conhecia o clube até então na parte estrutural, mas já haviam me falado quando eu liguei para o Tiquinho que tinha sido construída muita coisa nova, houve muita evolução de dois anos pra cá e que eu ia encontrar um clube com uma estrutura de Europa, praticamente. O Tiquinho também passou por lá, sabe o que ele está falando. E eu cheguei aqui e realmente foi… Aí eu não me surpreendi, porque realmente me comentaram sobre isso. Eu cheguei aqui e realmente é um clube que está com uma estrutura maravilhosa, o CT tem tudo que o atleta precisa. E a gente se sente muito bem, o que reflete também dentro de campo, com certeza. Eu, na minha primeira semana, me apresentaram para mais de 40 funcionários lá, cada um com o seu cargo, cada um com a sua função. Isso faz um clube muito forte, cada um fazendo o seu trabalho em prol do Botafogo. Tenho certeza que isso vai dar muito certo.


Alex Telles toca Guitarra durante entrevista na Botafogo TV:



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