O técnico Artur Jorge, do Botafogo, definiu o empate por 1 a 1 com o Criciúma como ruim, na noite desta sexta-feira, no Maracanã, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na coletiva de imprensa após o jogo, o treinador disse que o time poderia ter saído com a vitória se tivesse evitado o erro no gol adversário apenas dois minutos após o time marcar primeiro.
- Diria que era um gol perfeitamente evitável. Tivemos um erro individual, de avaliação, inadmissível para uma equipe que luta pelos três pontos e que precisa deles para seguimento a sua campanha. Vou reservar a minha avaliação e o que eu tenho que falar com meus jogadores.
- Depois de fazer o gol o que fizemos, acabar o jogo, e ter uma equipe que não tinha criado situação nenhuma, nós tínhamos que saber conservar aquela vantagem. Não fomos capazes, até porque era um momento de transição, com três/quatro jogadores para sair. Isso me custa e destaco aos meus jogadores. Evitável. Mais erro nosso do que criação do adversário - completou.
O Botafogo pressionou durante toda a segunda etapa, mas demorou para abrir o placar. Tiquinho Soares, aos 46 minutos do segundo tempo, marcou e incendiou os torcedores alvinegros, que marcaram presença em peso e quebraram o recorde de público do alvinegro no Maracanã. O banho de água fria, porém, veio dois minutos depois, com o gol de cabeça de Felipe Vizeu para empatar o jogo.
- Na prática, o resultado é ruim para nós porque queríamos vencer. Não pode nem deve ter influência no jogo de quarta (da Libertadores) porque, qual fosse o resultado, estaremos preparados para dar a resposta que pretendemos porque são dois jogos para uma semifinal da Libertadores, de exigência altíssima, e onde vamos tentar estar preparados para o desafio - disse.
Com o resultado, o Botafogo chega a 61 pontos e se mantém na liderança mesmo se o Palmeiras vencer o jogo contra o Juventude no domingo. Agora, o Glorioso volta suas atenções para a Libertadores. Na quarta (23), a equipe recebe o Peñarol-URU pelo jogo de ida da semifinal, no Estádio Nilton Santos.
Confira outras respostas de Artur Jorge
Opção por Tchê Tchê
- Tchê Tchê entrou para substituir o Marlon que estava acusando algum desgaste físico, e tentar ter um momento de ligação, com boa definição, e capaz de fazer a transição da defesa para o ataque, tendo boa definição para servir os jogadores na frente, e eram muitos. Mas não adianta colocar muitos jogadores na frente se a bola não chegar com qualidade na área.
Gol sofrido
- Sobre o gol sofrido, diria que era um gol perfeitamente evitável. Tivemos um erro individual, de avaliação, inadmissível para uma equipe que luta pelos três pontos e que precisa deles para seguimento a sua campanha. Vou reservar a minha avaliação e o que eu tenho que falar com meus jogadores. Depois de fazer o gol o que fizemos, acabar o jogo, e ter uma equipe não tinha criado situação nenhuma, nós tínhamos que saber conservar aquela vantagem. Não fomos capazes, até porque era um momento de transição, com três/quatro jogadores para sair. Isso me custa e destaco aos meus jogadores. Evitável. Mais erro nosso do que criação do adversário.
- Mas a luta continua, temos que continuar nosso caminho, que teve muita dificuldade nesse caminho. Hoje é um dia difícil para nós, mas teremos oito jogos para podermos lutar em cada um deles pela vitória e é importante que tenhamos esse espírito. Estamos na liderança, na semifinal da Libertadores. Quem está melhor do que nós? Quem está? Ninguém. E temos que ter essa capacidade de saber que não conseguimos o que queríamos, e temos responsabilidade sobre isso, obviamente, mas temos muito pela frente. E essa dificuldade mostra do que somos feitos.
Jogar no Maracanã e jogo picotado
- Não é igual jogar no Nilton Santos, mas ganhamos aqui já. Hoje só uma quis jogar. Não pode ser condicionante, não posso justificar goleiro no chão, tempo que não andou.....muito pouco para o que é um jogo o tempo útil. Não pode justificar nisso. Nós hoje fizemos segunda parte muito melhor. Momentos que fomos fortes e bem na recuperação de bola. Mas preferia ter 30% de posse e ganhar o jogo. Dominamos, mas não fomos capazes de ganhar. Preferia os três pontos. Primeira parte abaixo da segunda. É um ponto que nos mantém na liderança, temos 24 para disputar e adversários vão perder pontos. Oito jogos a disputar.
Mudança nas laterais e improvisação
- Ponte ficou fora porque temos de escolher, trouxe seis defesas. Hoje tivemos pouco envolvimento dos laterais, são importantes no ataque, tiveram poucas participações. Faltou atacar profundidade, última linha, fomos mais estáticos. Ofensivamente acrescentaram pouco. Vitinho teve chance de marcar, no Alex Telles, achamos que Cuiabano daria mais profundidade.
- Quando tiro o Vitinho, o Carlos não é lateral, mas precisamos ir atrás do resultado. Tem capacidade de chegar no último terço. Mais ofensivo. Criciúma preferiu não jogar e defender, à espera do momento que teve. Nos tirou e não tivemos o espaço.
Mudança de estádio
- Já jogamos em muitos gramados, isso não pode interferir. Prefiro jogar lá na minha casa, mas essas alterações tenho de lidar com elas, concordando ou não. Não posso fazer nada.
Como furar a retranca do Peñarol?
- Hoje acredito que todos nós estaremos insatisfeitos com resultado. Mas daqui a 4 dias é semifinal da Libertadores. Não acontece todos os anos. Não pode ser condicionado a resultados anteriores. Pelo que vimos, Peñarol com Flamengo venceu aqui e empatou lá, foi na base da equipe que trabalhou muito defensivamente perto da sua grande área, quebrou ritmo de jogo, com que não se jogasse o jogo. Sei das dificuldades que teremos. Será 50 a 50. Tentar um bom resultado e exibição para fazer segundo jogo fora. Todos querem estar na final.
Veja abaixo: