Botafogo fez um primeiro tempo de controle a vacilo; Porém no segundo tempo o time despertou e aplicou uma goleada de 4 a 1 no Atlético Goianiense

                Luiz Henrique comemora no Estádio Antônio Accioly — Foto: Vítor Silva/Botafogo



O Botafogo venceu o Atlético-GO por 4 a 1 na noite de sábado 03/08, no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia, e voltou à liderança do Campeonato Brasileiro. O time se recuperou no segundo tempo após mudanças no meio-campo, assumiu o controle do jogo, voltou a ter intensidade e construiu maior parte do placar. Luiz Henrique sofreu dois pênaltis, converteu um e foi o destaque no duelo.


Formação inicial do Botafogo: John; Mateo Ponte, Bastos, Barboza e Cuiabano; Danilo Barbosa, Allan, Luiz Henrique e Kauê; Carlos Alberto e Igor Jesus.


Com desfalques e jogadores poupados, time tem primeiro tempo burocrático

O Botafogo tinha apenas um remanescente do quarteto de atacantes usado entre os titulares por Artur Jorge. Luiz Henrique era o principal nome ofensivo e um dos que mais investiram para buscar o gol - Savarino e Tiquinho foram baixas por lesão.


Diferente do habitual, o meio-campo tinha dois jogadores com características de marcação, Danilo Babosa e Allan. O treinador também optou por colocar o meio-campista Kauê, na tentativa de ter um jogador com características de pisar mais na área. A ideia até surtiu efeito defensivamente, mas burocratizou a saída de bola e a transição ofensiva. Os 20 primeiros minutos foram marcados pela falta de criatividade, com nenhum perigo dos dois lados.


Mas em uma das poucas chegadas ao ataque, o Botafogo conseguiu abrir o placar, com 20 minutos. Luiz Henrique conduziu a bola até a linha de fundo, cruzou para a área, Igor Jesus cabeceou na segunda trave, Pedro Rangel deu rebote e Carlos Alberto mandou para a rede (vídeo abaixo). O jovem atacante, inclusive, foi mais uma vez oportunista, demonstrou vontade em outros lances, mas pecou na tomada de decisão na hora de dar passes e finalizar.


A falta de ações no campo ofensivo chamou o Atlético-GO para o campo alvinegro. Aos 39 minutos, Cuiabano cometeu pênalti em Maguinho. Na cobrança, John não achou o canto, e Campbell converteu.


Mudanças dão resposta, e Luiz Henrique brilha

O Botafogo voltou para o segundo tempo com Óscar Romero no lugar de Kauê. O time tinha problemas na criação, e Artur Jorge optou por colocar o paraguaio que tem essa como principal característica, além da qualidade da bola parada. Marlon Freitas e Tchê Tchê também entraram na sequência.


Com isso, os atacantes ficaram mais livres para atacar. Foi então que Luiz Henrique passou a ter mais liberdade, já que a intermediária foi mais povoada e a defesa do Atlético-GO teve que se sobrecarregar na marcação. O mesmo aconteceu com Igor Jesus, que se sacrificou no primeiro tempo por ter que voltar muito para buscar a bola.


Os ajustes foram feitos e o time passou a ter mais volume na frente. Aos 23, Romero cobrou falta próxima do escanteio, a zaga afastou, Cuiabano deu um belo chute de fora da área, mas a bola bateu na trave. Na sobra, Igor Jesus estava livre e chutou para o gol.


O Botafogo ainda fez o terceiro e quarto, ambos de pênalti e sofridos pela estrela da noite: Luiz Henrique. O jogador passou a pisar mais dentro da área, incomodou a defesa e foi caçado pelos defensores do Dragão.


Romero cobrou o primeiro, fazendo o primeiro dele com a camisa do Botafogo, e o camisa 7 cobrou o segundo. O jogo ainda teve confusão no fim com Tchê Tchê expulso por puxar Janderson, que deu um pontapé em Romero. Final: Atlético-GO 1 x 4 Botafogo.


O Botafogo reencontrou o caminho da vitória e o futebol de intensidade que mostrou ser a cara de Artur Jorge. Mais uma vez o time mostra resiliência em meio aos problemas com lesões e encontra alternativa dentro do próprio elenco para manter a confiança de que pode brigar pelos diferentes campeonatos que disputa.

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