Após conseguir reduzir as dívidas trabalhista e cível, o Botafogo SAF está em negociações com o governo em relação às dívidas tributárias. A expectativa da diretoria da alvinegra é que o acordo seja finalizado até o fim do ano, totalizando assim numa redução do passivo total de R$ 1,1 bilhão (valor de quando a SAF assumiu o futebol) para R$ 600 milhões, explicou o CEO Thairo Arruda no podcast da “Botafogo TV” nesta segunda-feira (10/6).
– Quando começamos na SAF, o passivo histórico do Botafogo era de R$ 1,1 bilhão e tínhamos R$ 120 milhões em receitas. Era uma relação quase de um para dez. Em qualquer setor, isso é falência de longe. No ano passado, conseguimos fechar com R$ 530 milhões de receita. O primeiro passivo que focamos é o trabalhista, que é onde sofremos mais, com penhoras, decisões judiciais às vezes esdrúxulas… Sofremos penhoras no começo da SAF, mesmo com a lei nova. Quando assumimos, eram R$ 250 milhões de dívidas trabalhistas. Reestruturamos o RCE e hoje temos R$ 150 milhões, está bem equalizado, pagando direitinho – iniciou.
– O próximo passo foi olhar para a dívida cível, que era de R$ 440 milhões. Estamos negociando há quase um ano com os credores, o que culminou na recuperação extrajudicial que está em vias de homologação. Conseguimos 65% de adesão, mais do que esperávamos. Dentro desses R$ 440 milhões, em R$ 150 milhões optou-se por receber em curto prazo, o que liquidamos no mês passado. Sobraram R$ 290 milhões, que já têm o desconto determinado de 40%. Então, hoje a nossa dívida cível pode assumir que está em R$ 180 milhões – continuou Thairo.
– A terceira etapa é trabalhar o tributário, a expectativa é que finalizemos essa negociação junto ao governo até o fim do ano. Se fizermos o tributário da forma como esperamos, esperamos fechar o ano com um passivo total de R$ 600 milhões – completou.
Thairo Arruda acredita que, aí sim, o Botafogo poderá ser considerado um clube com condições de ser sustentável.
– Então, subimos a receita de R$ 120 milhões para R$ 530 milhões ao mesmo tempo em que vamos reduzir o passivo de R$ 1,1 bilhão para R$ 600 milhões. A relação que era de dez para um vai ser um para um, ainda é alta, mas muito sustentável, ainda mais com um plano de pagamento de longo prazo. Aí sim podemos dizer que o Botafogo está recuperado e pronto para ser sustentavelmente competitivo – frisou o CEO alvinegro.
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