O empate em São Januário e o gol no fim de Vegetti que tirou a vitória do Botafogo não foram as únicas coisas que não agradaram ao técnico Artur Jorge, neste sábado. Em entrevista coletiva após a partida, o português se queixou da arbitragem no 1 a 1 com o Vasco, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador criticou o VAR por não ter interferido após entrada de Hugo Moura em Tchê Tchê. O lance aconteceu ainda no primeiro tempo em São Januário, e o técnico alvinegro destacou que a infração não pode "passar impune".
ABSURDO A ENTRADA que o Hugo Moura deu no Tchê Tchê (por todos os ângulos). Ramon Abatti Abel ignorou o pênalti no Júnior Santos contra o CAP, e agora o VAR da partida de hoje Wagner Reway fingiu que não foi nada. Arbitragem inútil.
— Gazeta Botafogo ⭐📰 (@agazetabotafogo) June 29, 2024
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— Vou reclamar também. Vocês têm que fazer essa análise também, acho importante que voltem a tocar naquilo que nos aconteceu frente ao Fluminense. Uma entrada violentíssima hoje no primeiro tempo no Tchê Tchê. Obrigou-me a tirá-lo no segundo tempo, está com uma ferida aberta, e eu não sei quando vou tê-lo à disposição de novo para jogar — disse Artur Jorge.
O lance em questão aconteceu aos 24 minutos do primeiro tempo. Na ocasião, o pé do volante do Vasco sobrou na canela de Tchê Tchê, que ficou caído com dores e precisou levar seis pontos após a partida. A arbitragem não assinalou a falta. Cerca de 15 minutos depois, Hugo Moura foi advertido com cartão amarelo por falta em Luiz Henrique, que puxava contra-ataque.
— Foi uma entrada violenta (em Tchê Tchê), e o VAR tem que intervir. Isso é criticar e ficar insatisfeito com momentos de jogo que condicionam e alteram. Podem passar impunes numa situação que aconteceu pela segunda vez. Com a imagem parada, o jogo parou, e eu já vi a imagem. É por demais evidente que não pode passar impune uma entrada daquelas, como já aconteceu frente ao Fluminense na nossa casa, no primeiro tempo também.
O técnico também destacou a insatisfação com o resultado, ainda que o empate tenha garantido um ponto ao Botafogo como visitante.
— Um clássico é sempre um clássico. Um jogo que não tem favorito. A análise que faço é em cima do resultado. Não é um resultado que o Botafogo pode ficar satisfeito. Olhando pelo contexto, é mais um ponto somado fora de casa. Isso já faz com que nem tudo seja mal. Mas naquilo que é o Botafogo que eu idealizo e pela desilusão dos meus atletas, digo que não ficamos satisfeitos com o resultado
Outras respostas de Artur Jorge:
Trabalho de bola parada no Botafogo:
— É mais uma ferramenta, porque você sabe que hoje nós temos um Brasileirão muito equilibrado, com boas equipes Temos que estar sempre à procura de argumentos para poder ser superior ao adversário. Uma das ferramentas é exatamente isso, a questão das bolas paradas, que tenha resultado ofensivamente. Temos trabalhado bastante aquilo que é o método defensivo, porque são dois momentos muito específicos. Muito próximos da nossa área, onde normalmente existe muita gente dentro da área. É importante que possamos continuar a trabalhar e a conseguir ter, acima de tudo, sucesso, porque nem sempre esse sucesso chega. É mais uma ferramenta. Tudo é conta, tudo é detalhe, tudo é importante naquilo que é a busca do resultado.
Primeira vez em São Januário:
— Primeira vez é sempre bom jogar em grandes estádios e estádios emblemáticos, como é o caso desse aqui. Mas falando de modo profissional, minha paixão é jogar no Nilton Santos e poder jogar na frente dos meus torcedores, os que estiveram hoje estiveram do principio ao fim, mas acredito que não tenham saído felizes por termos saído só com um ponto, mas nada mais a registrar, além do que é a minha função de falar do jogo e do que é o resultado final.
Como o Botafogo vê o resultado?
— O resultado em si, sendo um ponto somado, não é um resultado que nos agrada. Volto a dizer, que hoje, a classificação das suas equipes tendo em conta que é um clássico, pouca diferença tem, por que são equipes que sempre vão buscar a vitória, portanto o favoritismo desaparece, e naturalmente a ansiedade de dar tudo em campo para superar o rival. Hoje não conseguimos o nosso objetivo, que são os três pontos, levamos um ponto, mais um ponto em nossa caminhada e no final faremos as contas.