O Botafogo superou o RB Bragantino por 2 a 1 no Estádio Nilton Santos e vai terminar a 12ª rodada no G4 do Brasileirão. Após a partida, o português analisou a atuação e elogiou Eduardo, autor dos dois gols do Alvinegro no duelo.
- A importância de hoje tem muito a ver com aquilo que foi a vitória. Os três pontos que buscamos desde o início e soubemos conquistar. Um jogo muito difícil, frente a um rival de muita qualidade. Jogo muito equilibrado nas duas partes. Tivemos na frente dois homens muito importantes para nós, Eduardo e Tiquinho, que tem muita qualidade e trabalharam muito para a equipe. Destaque naturalmente par ao Carlos Eduardo que faz os dois gols e um jogo pleno dentro daquilo que pedimos hoje - afirmou.
Essa foi a primeira virada do Alvinegro sob o comando de Artur Jorge, que destacou a força de reação da equipe.
- Tem a ver com uma equipe que não desiste. Contratempos surgem durante a partida. Gostamos de ficar em vantagem durante os jogos, mas sabemos que nem sempre é possível porque há o rival do outro lado. Sofremos um gol muito cedo, ainda aos 10 minutos. A equipe manteve a sanidade, mas também a ambição. Estamos muito satisfeitos com isso - analisou.
Os dois gols do Botafogo saíram de passes de Tiquinho Soares para chutes de Eduardo. A dupla, assim como em boa parte de 2023, voltou a funcionar. O camisa 33, que perdeu espaço e a titularidade absoluta nas últimas semanas por causa de lesões, foi elogiado pelo comandante
- A qualidade dele (Eduardo) não se resumo ao que fez hoje e aos gols conseguidos. Não podemos falar de um início de temporada abaixo porque é um jogador que esteve lesionado. Infelizmente não pudemos contar com ele em outros jogos. Tem sido assim nessa temporada desde que iniciamos, tentar potencializar quem está disponível. Foi isso que conseguimos fazer. Colocando a dificuldade do adversário e do contexto, temos que valorizar muito a vitória. Os jogadores foram muito valentes, souberam defender quando foi necessário. Mérito para os jogadores pelo que fizeram em campo, a forma que se entregaram. Quando se entregam, é difícil nos baterem - completou.
Mais declarações de Artur Jorge
Marçal de zagueiro
- Quando falo em compromisso e atitude, são esses pequenos exemplos. Hoje o Marçal jogou em uma posição nova para ele, quando jogou na zaga foi mais como um terceiro zagueiro. Como segundo, não creio que tenha feito mais do que um jogo sequer. Eu sabia que precisávamos arriscar. Perdemos o Bastos por lesão. Então coloquei o Cuiabano e o Marçal por dentro. É um jogador que tem experiência o suficiente para não se assustar com essas mudanças de posição. É importante essa disponibilidade dos atletas. Já aconteceu em outros jogos. O objetivo é que possam dar sempre o melhor independente da posição que entrarem.
Janela
- Não tem ansiedade. Sabemos o que estamos fazendo, o que temos que fazer para acrescentar à equipe.
Equilíbrio no topo e mudanças a partir de possíveis reforços
- Depende muito do que vamos conseguir acrescentar. Dessas seis, sete ou oito equipes do topo, a capacidade de buscar reforços é muito diferente. Vamos tentar ser muito incisivos naquilo que vamos buscar. Vamos tentar buscar alguns jogadores que venham acrescentar à equipe. Estamos alinhados todo o staff naquilo que são os objetivos e naquilo que queremos para o restante da temporada do Botafogo.
Botafogo já tem o DNA do Artur Jorge?
- Tem o DNA do Artur hoje quando ganhamos, tem também quando perdemos em Criciúma. O caminho que fazemos há algum tempo é muito fácil de identificar. Aquilo que é a minha equipe, o meu Botafogo. É nesse sentido que trabalhamos diariamente, para buscar uma rotina, uma identidade que é nossa. Não há Botafogo de um treinador, há de um grupo de pessoas que trabalha diariamente para tudo acontecer. É um Botafogo de muito gente que quer ser vencedor e ganhador.
Time sem Júnior Santos
- O contexto é de buscar soluções. Obviamente eu gostaria de ter todo mundo disponível. Sabemos que é difícil ter esse contexto. Tudo isso faz com que aconteça um desgaste e nem sempre a equipe vai estar no melhor. Aquilo que tivemos foi um grupo de jogadores que se entregou de corpo e alma, foi competente e conquistou a vitória por aquilo que entregou nos 90 minutos.
Finalizações de longe
- Esse aspecto é muito bem visto. Tivemos alguma dificuldade em alguns jogos pelo adversário estar perto do próprio gol, o que nos dificulta a encontrar espaços. Isso potencializa dois tipos de atletas: os que desequilibram em situações de um contra um e os finalizam bem de média distância. Hoje foi o Eduardo, fez dois gols bonitos.
Bastos e John com dores
- O Bastos está lesionado, vamos ver. O John sofreu uma pancada no quadril.
Calendário apertado
- A questão do calendário não é nova, essas são as regras do jogo e são muito parecidas ou iguais para todos. Isso deixa tudo muito difícil para os atletas. Porque eu exijo deles, a torcida exije deles e a imprensa exije deles. Não é possível estar ao mais alto nível a competir de três em três dias. Por melhor recuperação que se possa fazer, é humanamente impossível. Em outro campo, perdemos o nível dos jogos. Sendo esta as regras do jogo, não temos outra solução a não ser dar o nosso melhor. Somos capazes de identificar as fraquezas dos adversários. Ouvi essa expressão aqui: "não ganha títulos a melhor equipe, mas o melhor elenco". De fato, faz muita falta isso, de poder manter consistência na equipe.
O Alvinegro volta aos gramados às 18h30 do próximo sábado para enfrentar o Vasco, em São Januário.
Assista a coletiva abaixo: