A questão emocional foi o principal tema da conversa do técnico Luís Castro com os jogadores do Botafogo na vitória de virada sobre o Internacional por 3 a 2 neste domingo (19/6), no Estádio Beira-Rio, pela 13ª rodada do Brasileirão. O Glorioso conseguiu virar a partida com um a menos, após sair com uma desvantagem de 2 a 0, prejudicado pela arbitragem.
– É mais fácil falar das vitórias do que nas derrotas. Tudo aquilo que eu disser agora “ah, está falando porque ganhou”. Mas no intervalo o que mais me preocupei foi em controlar os jogadores emocionalmente. Para eles perceberem que para chegar ao empate ou possível vitória isso não teria que ocorrer nos primeiros cinco minutos. Nem nos primeiros dez, nem nos 15. Está instituído no futebol que se as equipes fizerem gols nos primeiros 15 minutos elas vão virar o jogo? Não, as equipes têm que ter paciência para na hora certa para poderem matar o jogo – disse Luís Castro na coletiva.
Mas não foi só a questão mental. O técnico botafoguense também explicou os aspectos táticos para o Botafogo conseguir reagir mesmo em inferioridade numérica.
– Nós tínhamos que sobreviver em determinados momentos do jogo, de forma ordenada. Sabíamos que as linhas de 4-4-1 muitas vezes teriam que se comportar como linha de 5 e a nossa linha da frente iria se transformar em linha de 3. Nessa linha de 3 teríamos que ver o ponta do lado contrário do ataque cobrir uma entrada da área e muitas vezes era por aí que o internacional ia tentar seus lances ofensivos. Quando ganhássemos a bola tínhamos que explorar o Erison para ele ganhar faltas no campo do adversário e através dessas faltas chegar no gol adversário. E numa bola mais longa fazer ataques mais rápidos. O Piazon era nosso jogador mais perigoso e ganhava as bolas em cima do lateral deles – detalhou Castro.