Zahavi comunicou ao Botafogo na noite deste sábado (25/6) que recusou a proposta do clube.
Segundo a reportagem, a questão envolvendo a esposa do atleta (que não quis vir) e a segurança do atacante foi ponto crucial para que a oferta alvinegra fosse rejeitada. A negociação era dada como certa internamente, mas ganhou contornos finais nos últimos dias que desfavoreceram o que foi apresentado pelo Botafogo.
O canal ainda reitera que a diretoria do Botafogo “fez de tudo” para fazer com que Eran Zahavi aceitasse a proposta, inclusive a parte financeira, que envolvia um salário de aproximadamente R$ 1 milhão por mês.
Com o “não” após as férias na Grécia, Zahavi se aproxima de um acerto com o Maccabi Tel Aviv, clube de Israel que é ídolo e também tenta sua contratação desde o desligamento do PSV.
OS BASTIDORES DA NOVELA ZAHAVI
A negociação com Eran Zahavi foi a maior novela da temporada no Botafogo. E olha que a chegada de Luís Castro, com a participação do Corinthians, também deu o que falar. O israelense, no entanto, ficou com a medalha de ouro nessa disputa particular. No início da “Era Textor“, o centroavante não era a prioridade, visto que Cavani tinha a preferência do empresário norte-americano.
Após a recusa do uruguaio, o Botafogo, de maneira geral, entendeu que Zahavi seria o diferencial técnico do clube nesta primeira temporada. O foco virou todo para ele, que passou a ser o plano A sem qualquer concorrência. A negociação foi intermediada pelo empresário Marcos Leite, que mantinha contato direto com o jogador. Além dele, apenas Textor mantinha conversas.
As negociações foram difíceis desde o início. Zahavi mostrou ter personalidade forte e várias vezes deixou claro como se via em uma possível chegada ao Brasil. “Quem é o melhor atacante do Brasil? Hulk? Pode ser. Mas eu não posso receber menos que o Gabigol”, disse em uma dessas conversas.
A parte financeira foi definida rapidamente. Receberia 4 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões) pelo tempo de contrato – até o fim de 2023. Dividindo pelos 18 meses, o vencimento ficaria na casa dos R$ 1,2 milhão. E foi depois disso que a novela começou.
Zahavi fez inúmeros pedidos ao Botafogo. Lugar para morar, segurança, que também seria seu motorista, e até a chegada do seu compatriota Omer Atzili, meia que defende atualmente o Maccabi Haifa, de Israel. A indicação seria para facilitar a adaptação da sua família, que teria pessoas conhecidas no Rio de Janeiro.
O Alvinegro, no entanto, não embarcou. O scout do Crystal Palace e o departamento de futebol do Botafogo entenderam que Atzili não tinha condições de defender o clube. Apesar de uma técnica apurada, sua competitividade foi definida como nula e vetou o avanço das negociações.
A invasão ao centro de treinamento, de fato, atrapalhou a negociação. O jogador questionou a situação no mesmo dia e ficou receoso que isso pudesse voltar a ocorrer. Nesse mesmo dia ele disse sim ao Maccabi Tel Aviv e chegou a assinar o contrato. Seu empresário, no entanto, entendeu que não deveria entregar o documento ao clube e o segurou por algumas horas.
Foi tempo suficiente para que Zahavi ligasse para ele arrependido, dizendo que queria defender o Botafogo. Foi nesse momento que ele deu o “sim” para o Alvinegro. Uma primeira versão foi enviada para o jogador, que pediu ajustes. Um novo documento foi enviado na noite da última quinta-feira.
Mesmo com o documento em mãos, a resposta definitiva não chegava, o que mostrava que uma dúvida ainda pairava no ar. Sua esposa não tinha a mesma empolgação em vir para o Rio de Janeiro. O Botafogo já estava pronto para comprar as passagens e enviar ao israelense, mas esse passo nunca foi dado. A família falou mais alto e o sonho do Alvinegro chegou ao fim.
Botafogo tentou reverter decisão de Zahavi, mas também trabalha com outros nomes para centroavante
Desde o episódio da invasão do CT Lonier no dia 15 de junho, o Botafogo tenta reverter a situação com Zahavi, mas também trabalha com outros nomes para a posição de centroavante. A informação é do site “GE”.
A contratação de Zahavi parecia encaminhada, com acerto verbal, mas recuou por conta de questões de segurança. Um dos motivos alegados, segundo o site, foi a invasão de membros de torcida organizada ao centro de treinamento.
O Botafogo, que planeja contratar entre cinco e oito reforços na segunda janela de transferências, volta novamente o foco para buscar um centroavante no mercado. A invasão ao CT e problemas estruturais, internamente, são considerados dificultadores para contratação de reforços de peso.
Mas o Clube não pode ficar preso a jogadores que não querem vir, olhem que Zahavi enrolou... enrolou... e enrolou...