Após a vitória do Botafogo sobre o Fortaleza por 3 a 1 pelo Brasileirão, o técnico Luís Castro falou em coletiva de imprensa sobre alguns aspectos da partida. O português analisou a atuação da equipe que começou atrás no placar, mas que conseguiu virar o jogo na etapa final.
É algo que não queremos ver, mas a forma na qual o Fortaleza chegou ao gol não é surpresa. Sabemos que nas costas da defesa, fizemos uma linha que poderíamos sofrer o gol e foi por ali. A equipe reagiu bem, teve o controle emocional do jogo e teve a ajuda da torcida, que em nenhum momento se desesperou e entendeu que a equipe não passava por um momento bom e apoiou. No 2° tempo, abandonamos a linha de cinco atrás, porque o Fortaleza ficou no 4-4-1 e a partir daí, subimos o Oyama. Daí cresceram o Oyama e o Tchê Tchê. Trocamos o Lucas pelo Chay e sabíamos que a equipe não ia ficar ligada porque o Chay sai mais, mas o jogo acabou correndo bem. Nos deu trabalho, mas felizmente terminamos com os três pontos - disse o treinador.
O segundo gol do Botafogo saiu em um momento de dificuldade no 2° tempo, quase no fim e em uma situação inesperada. Sobre isso, Luís Castro reforçou que o futebol tem suas surpresas.
- No futebol nunca se espera nada, pois o futebol não te dá o que você pensa que vai acontecer e por isso tem milhões de torcedores, pois as coisas acontecem de maneira inesperada, mas dão muito trabalho.
O treinador foi perguntado sobre o fato de não ter colocado Matheus Nascimento. Ele explicou que caso colocasse mais um jogador no lado, não teria o centro completo para distribuição:
- Há questões pré-instituídas no futebol. Se está perdendo colocam um 9, ganhando se coloca um zagueiro e o jogo muitas vezes pede outras coisas. Não damos amplitude ao jogo, colocamos o Matheus Nascimento e ficamos com quatro na frente, que são Diego, Vitor, Erison e Matheus. Quem vai servir eles? O Chay e o Patrick? Tira o Oyama? Fica só com um jogo exterior e não com um interior, que foi onde saiu a falta.
O português também falou sobre as condições do gramado do Estádio Nilton Santos. Segundo ele, isso atrapalha o jogo de sua equipe:
- É extremamente difícil ter paz no jogo neste gramado. É impossível jogar em gramados como este. Temos nossos defeitos, mas acho que o gramado está pior do que nós.
Por fim, o treinador foi perguntado sobre as críticas ao seu compatriota Paulo Sousa, mas evitou falar sobre o assunto:
- Não falo da vida de ninguém, apenas da minha. Uma coisa que aprendi no futebol é que só tenho que me preocupar com aquilo que eu domino, que é o treino e o jogo. Para além disso, nem quero saber. Quando for criticado, preciso pegar e refletir e depois perceber o que devo fazer. Só falo sobre mim e minha equipe. É para isso que sou pago, para analisar a minha equipe.