Quando visitou o Estádio Nilton Santos, John Textor se surpreendeu com o tamanho do lugar e falou em “passar uma mão de tinta”. Mas os planos do empresário, novo investidor do Botafogo, são maiores. Preocupado com a distância entre as arquibancadas e o gramado por conta da pista de atletismo, o americano pensa em colocar cadeiras mais próximas atrás dos gols – instalação temporária – para criar uma atmosfera melhor.
– Tenho que aprender mais sobre o que a torcida quer. O Estádio pode ser grande e maravilhoso, mas não pode estar vazio o tempo todo. Tem que ser um lugar fácil de chegar, que seja legal de se assistir. Não pode ficar tão longe do campo. Olhe para o Crystal Palace, temos um estádio velho com 25 mil lugares apenas, mas os torcedores estão em cima do campo. A energia é louca! Você sabe que o cara faz o gol e estão todos abraçando-o. Se você marcar um gol no Nilton Santos e correr pra torcida, você cai num buraco de 4m de profundidade. Temos que consertar isso de alguma forma, temos que encontrar um jeito, pelo menos enquanto estivermos lá, de construir arquibancadas atrás do gol. Pode ficar meio estranho, mas temos que deixar a torcida perto. Me preocupo com isso – afirmou Textor ao “Canal do TF”, não descartando um estádio próprio:
– Quero a energia de um estádio lotado, em que seja fácil para as pessoas chegarem, que seja barato, acessível, que estejam próximos do jogo. Dá para fazer isso lá? As pessoas irão? Precisamos pensar no futuro em construir um estádio próprio? Se eu fosse construir um dia no futuro, não estaria preocupado tanto com o número de lugares, mas sim na proximidade dos assentos com o campo. Barulho! Energia!
John Textor também falou sobre Centro de Treinamento. O Espaço Lonier, que está sendo construído ainda, estava planejado para servir à base, mas os profissionais também têm utilizado o local este ano. Para o novo investidor, é importante que o CT da base fique perto do profissional e, por isso, falou até em encontrar algum espaço próximo ao Lonier para abrigar o time principal.
– Não sei muito sobre as dimensões do local, o terreno é muito bonito, há desafios por causa da topografia do lugar, quantos campos você poderá colocar lá. É muito importante que todas as categorias de base estejam num lugar só, é mais eficiente. Também é bom ter o time profissional perto, porque os atletas do time podem visitar os meninos, e eles podem se inspirar neles. Tenho que aprender muito sobre propriedades e os imóveis do Rio de Janeiro, entender como funciona. Quero que os jovens treinem juntos, que o time principal treine perto da base, é eficiente ter os dois pertos, porque tem funcionários em comuns, equipe médica, física… Temos algumas oportunidades perto do Lonier – explicou Textor.