O Botafogo de TRANSIÇÃO EM TRANSIÇÃO vê seu ritmo atravessar mais uma vez e abrir caminho para Portuguesa fazer a zebra desfilar na noite deste domingo (27), em jogo de oito gols pela nona rodada da Taça Guanabara. Com muitos erros defensivos e pouca criação, a equipe de Lúcio Flávio sofreu uma derrota por 5 a 3 no Estádio Luso-Brasileiro. Carli (contra), Watson, Bruno Santos, Miller e João Paulo fez os gols da equipe da Ilha. Erison e Matheus Nascimento (2) fizeram os gols da equipe alvinegra, que saiu vaiada e escutando gritos de "olé". Tudo começou a dar errado pro Botafogo aos 0:57 segundos de jogo, com o gol contra de Joel Carli, após cruzamento do lateral direito da Portuguesa, Watson.
A equipe alvinegra estaciona nos 16 pontos e segue na quarta colocação da competição. Já a Lusinha foi para 11 pontos. O Alvinegro volta a campo no dia 7 de março, uma segunda-feira, para encarar o Volta Redonda às 19h30. Já a equipe de Toninho Andrade pega o CRB no Luso-Brasileiro pela primeira fase da Copa do Brasil no meio de semana e, no sábado (5), encara o Nova Iguaçu.
Kanu, Carli e Gatito Fernández – três dos mais experientes e líderes do elenco – cometeram falhas cruciais na partida. Com a derrota, o Botafogo manteve-se na quarta posição no Campeonato Carioca, com 16 pontos, adiando a classificação para as semifinais – são cinco pontos à frente de Portuguesa e Madureira, quinto e sexto colocados.
LUSINHA A JATO
A Portuguesa precisou de um minuto para abrir o marcador. Após receber passe de Romarinho, Watson deixou Vitor Marinho para trás, abriu caminho pela direita e fez o cruzamento rasteiro. Ao tentar fazer o corte, Joel Carli se enrolou e jogou a bola na rede alvinegra.
VEJA ABAIXO:
RITMO ATRAVESSADO DO ALVINEGRO
Após o baque inicial, o Botafogo tentou se reencontrar em campo e foi à frente. No entanto, a equipe de Lúcio Flávio era lenta na transição de jogadas e penava para furar o bloqueio da Portuguesa. Diante disto, os botafoguenses recorriam com frequência aos cruzamentos. Em um deles, Ronald deu o passe e Matheus Nascimento desviou de calcanhar, só que Carlão salvou.
Já o setor defensivo seguia vulnerável e dava brechas para Romarinho proporcionar jogadas. Em uma delas, o camisa 10 serviu Cafu, que pegou mal na bola. Em seguida, Watson avançou com tranquilidade e buscou o cruzamento, só que a zaga botafoguense soube se antecipar.
Com a entrada de Erison no lugar de Ronald, Chay teve mais espaço para criar jogadas. O camisa 14 cobrou escanteio e, após desvio de Carli, Sanchez se desdobrou para salvar em cima da linha.
Traiçoeira. a Lusinha viu Watson encontrar o caminho para o segundo gol. O lateral encontrou um clarão e avançou pelo lado direito. Com um toque de categoria, deixou Vitor Marinho no chão e finalizou na saída de Gatito Fernández aos 40.
FULMINANTE, BOTAFOGO CONSEGUE EMPATE
Os comandados de Lúcio Flávio partiram de vez para o ataque e não demoraram a fazer com que sua luta refletisse no placar. Kayke encontrou uma brecha e fez o cruzamento da direita. Após a bola atravessar a área, Erison não titubeou ao diminuir o placar aos 42.
Quatro minutos depois, Chay recebeu bola, driblou Jhonnatan e finalizou. Carlão hesitou ao defender e, na sobra, Matheus Nascimento encheu o pé para empatar o jogo.
ALVINEGRO TENTA E PORTUGUESA MARCA
O Botafogo voltou do intervalo com uma postura mais ofensiva: João Victor entrou no lugar do volante Fabinho. Impetuoso, o atacante abriu espaço e encheu o pé, assustando o goleiro Carlão.
No lance seguinte, veio o gol, mas da Portuguesa. Sanchez foi à frente e alçou a bola. Gatito Fernández saiu mal e Bruno Santos cabeceou sozinho para o gol.
PERIGO À VISTA
Os alvinegros viram Chay e Erison buscarem investidas. Em uma delas, a bola sobrou limpa para Daniel Borges, só que o lateral furou feio. Além de estar afoito e sem pontaria, o Botafogo aos poucos voltou a deixar buracos em sua defesa.
COM 'OLÉ', LUSINHA DEFINE A VITÓRIA
Com segurança, a Portuguesa definiu sua goleada. Após um lançamento, Kanu vacilou diante de Junior Pirambu e o atacante iniciou a jogada. Miller aproveitou o espaço pela esquerda, desceu e tocou no canto de Gatito Fernández.
Enquanto ouvia os gritos de "olé" na arquibancada, a Portuguesa mantinha um embalo tranquilo na troca de passes e sacramentou a goleada aos 37. Joazi aproveitou espaço na direita e encontrou João Paulo na área. O camisa 14, diante do gol vazio, empurrou para a rede.
Em meio aos protestos da torcida, o Botafogo chegou a diminuir no finzinho. Erison serviu e Matheus Nascimento arriscou de longe. Carlão deixou a bola escapar para a rede. Nada que apagasse a atuação fraca do Alvinegro ou estragasse a folia na Ilha.
FICHA TÉCNICA
PORTUGUESA x BOTAFOGO
Data-Hora: 27-02-22 - 19h
Estádio: Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Diego da Silva Lourenço (RJ)
Assistentes: Rafael Sepeda de Souza (RJ) e Gabriel Bernardo Duarte (RJ)
Renda / Público: R$ 39.600,00 / 1.613 pagantes (1.758 presentes)
Cartões amarelos: Jhonnatan, Netinho, Toninho Andrade (PRJ), Ronald (BOT)
Gols: Carli (contra), 1/1T (1-0), Watson, 40/1T (2-0), Erison, 42/1T (2-1), Matheus Nascimento, 46/1T (2-2), Bruno Santos, 1/2T (3-2), Miller, 24/2T (4-2), João Paulo, 37/2T, Matheus Nascimento, 49/2T (5-3).
PORTUGUESA: Carlão, Watson (João Paulo, 28/2T), Marcão, Leandro Amaro e Sanchez; Netinho (Patrick, 13/2T), Jhonnatan, Cafu (Miller, intervalo) e Romarinho (Joazi, 28/2T); Bruno Santos (Junior Pirambu, 18/2T) e Rafael Pernão. Técnico: Toninho Andrade
BOTAFOGO: Gatito Fernández; Daniel Borges, Kanu, Carli e Vitor Marinho (Jefinho, 20/2T); Fabinho (João Victor, intervalo), Kayke (Breno, 25/2T), Raí, Chay e Ronald (Erison, 20/1T); Matheus Nascimento. Técnico: Lúcio Flávio
Mais uma vez o Botafogo, foi vítima da incompetência de jogadores que estão fazendo hora extra de ruindade no clube.
ACORDA TEXTOR, O TEMPO NÃO PARA! MUITAS PROMESSAS, E POUCAS REALIZAÇÕES CUMPRIDAS.
Inadmissível! Pela primeira vez no Cariocão, o Botafogo jogou fora do Nilton Santos e perdeu por 5 a 3 para a Portuguesa no Luso-Brasileiro. Mal organizado em campo, exposto na defesa e acomodado com a derrota, a atuação da equipe na noite de domingo de Carnaval deixou a torcida transtornada. A derrota pesada e a péssima exibição expuseram a necessidade urgente de mudança no comando da equipe.
Assolado por desfalques e com a necessidade de apresentar um jogo coletivo mais satisfatório, Lucio Flavio teve trabalho para montar um time titular. Sem um lateral-esquerdo disponível no elenco principal, Vitor Marinho foi a opção para atuar improvisado na posição. O péssimo Kayque ganhou a oportunidade de começar o jogo, formando dupla de volantes com o lento Fabinho. Raí ganhou nova chance de jogar aberto pelo lado esquerdo, enquanto Ronald foi a escolha para dar velocidade e profundidade no lado direito.
A improvisação na lateral-esquerda foi entrave para a tentativa de formação de uma equipe defensivamente mais sólida. No primeiro minuto de jogo, a Portuguesa abriu o placar depois de conseguir estabelecer com muita facilidade superioridade numérica pelo lado esquerdo do sistema defensivo alvinegro. Na sequência da jogada, uma sucessão de erros: Raí não fez a recomposição; Vitor Marinho deu espaço demais para o lateral adversário; Kanu tentou antecipar um cruzamento para a marca do pênalti e deixou a pequena área aberta; Carli mostrou um tempo ruim de reação, falhou no movimento e colocou a bola no próprio gol. Mais uma vez, o miolo de zaga apresentou problemas para defender bolas cruzadas na área, uma vulnerabilidade que vem trazendo dificuldades para o Glorioso.
Depois do baque inicial, o Botafogo foi obrigado a enfrentar as linhas baixas e bem compactas do time da Ilha do Governador. O que se viu foi a conhecida dificuldade de articulação de uma equipe que frequentemente parece não saber o que fazer com a bola. Sem apresentar movimentações treinadas para criar espaços e abrir linhas de passe, os jogadores circularam a bola de lado a lado procurando uma brecha para um cruzamento. Assim, Matheus Nascimento teve boa chance, finalizando de letra cruzamento do lado direito. A Lusa seguiu levando muito perigo em contra-ataques, explorando a defeituosa transição defensiva alvinegra, mas falhou no último passe e em algumas tomadas de decisão.
Na parada técnica, Lúcio Flávio cobrou mobilidade dos jogadores de frente a fim de abrir espaços para infiltrações. Uma mexida forçada mudou a estrutura da equipe: Ronald sentiu e deu lugar a Erison. Com a mudança, Fabinho virou meia-direita, Raí compôs o meio-campo com Kayque e Erison formou dupla com Matheus na frente. O centroavante teve boa chance na perna esquerda aos 23 minutos, depois de boa jogada de Chay. As alterações criaram um deserto no lado esquerdo do ataque alvinegro, uma vez que Vitor Marinho não conseguiu aparecer como uma opção confiável.
Se coletivamente o Botafogo não melhorou depois dos ajustes, com mais profundidade e presença na área foi capaz de criar uma pressão e mudar a postura para chegar ao gol defendido por Carlão. No entanto, as descidas em velocidade da Portuguesa continuaram ferindo a defesa. Aos 40 minutos, o lateral Watson passou como quis por Vitor Marinho e chutou cruzado para ampliar o marcador. O 2 a 0 refletia o jogo de um time ciente de como potencializar suas capacidades, valendo-se das fraquezas do adversário, contra uma equipe que atua de maneira aleatória, dependente do talento individual de seus melhores jogadores.
Mas a imprevisibilidade do futebol, que torna o esporte tão apaixonante, jogou a favor do Glorioso. Em quatro minutos o Botafogo marcou dois gols e empatou a partida. Primeiro com Erison finalizando uma boa jogada de Kayque e Raí pelo lado direito. Depois, com Matheus Nascimento, atento no rebote de um chute de Chay. Mesmo apresentando uma grave desorganização tática, a equipe conseguiu finalizar corretamente sete vezes no primeiro tempo.
No retorno do intervalo, o treinador interino tentou corrigir o buraco no lado esquerdo do Botafogo. João Victor entrou no lugar de Fabinho para ocupar a ponta-esquerda e, no primeiro minuto em campo, cortou para o pé direito e finalizou rente à trave, na rede pelo lado de fora. Parecia, enfim, que o Botafogo melhor organizado partiria em busca da virada. Só parecia. Aos dois minutos da etapa final, em cruzamento na área alvinegra, a indecisão de Kanu e a saída lenta e atabalhoada de Gatito deixaram Bruno Santos com o gol aberto para colocar a Portuguesa de novo no comando do placar. Novamente, a insegurança da defesa em jogadas de cruzamento custou caro ao Glorioso.
Desta vez, o time não teve reação. O Botafogo sentiu o gol, voltou a errar muitos passes e não criou mais jogadas que levassem perigo ao gol do adversário. De um banco de reservas com poucas opções, o jovem Jefinho foi opção para a lateral-esquerda substituindo Vitor Marinho. Na volta da parada técnica, Kanu pareceu desconcentrado e perdeu disputa de corpo para o atacante da Lusa, que, mesmo no chão, conseguiu dar prosseguimento à jogada que resultou no quarto gol. Fator de destaque na arrancada do Glorioso em 2021, a defesa tem sido uma fraqueza da equipe em 2022. Um sistema defensivo fraco coletivamente que expõe fragilidades dos jogadores. As atuações individuais de jogadores como Carli e Kanu estão muito abaixo do apresentado na última temporada, o que pode levantar questionamentos não apenas técnicos e táticos, mas também físicos na conturbada preparação da equipe este ano.
Lúcio Flávio ainda tentou melhorar a proteção defensiva com a entrada de Breno no lugar de Kayque, mas não teve sucesso. Nenhuma substituição do treinador teve resultado em campo. Ainda que faltem muitas opções para a montagem de um time forte e capaz de dominar adversários inferiores, a equipe deveria ser mais competitiva e jamais levar cinco gols da Portuguesa. Sim, cinco. Aos 35, a Lusa chegou ao quinto gol em novo contra-ataque em que teve todo o espaço do mundo para entrar na área. No final, Matheus Nascimento ainda contou com nova falha do goleiro para diminuir a desvantagem e colocar números finais no placar.
O Botafogo agora terá tempo para corrigir os muitos problemas apresentados neste domingo. O time volta a campo apenas na segunda-feira (7) para enfrentar o Volta Redonda no Nilton Santos.
Números do jogo: (Footstats)
Posse de bola – BOT 59% x 41% POR
Passes certos – BOT 356 (90%) x 165 (83%) POR
Finalizações – BOT 20 (10 no gol) x 12 (5) POR
Assistências para finalização – BOT 14 x 7 POR
Desarmes – BOT 12 x 15 POR
Interceptações – BOT 5 x 1 POR
Cruzamentos – BOT 12/40 (30%) x 3/10 (30%) POR
Lançamentos – BOT 10/25 (40%) x 11/23 (48%) POR
Viradas de jogo – BOT 4 x 1 POR
Dribles – BOT 7 x 3 POR
Perdas de posse de bola – BOT 35 x 24 POR
Faltas – BOT 8 x 24 POR
Queremos ver quais serão as novas desculpas?